Quando o assunto é comércio exterior, o Brasil se mostra com grande influência, tanto no âmbito da importação quanto da exportação. O país tem uma grande diversidade de recursos naturais, uma geografia vasta que faz com que o país seja um grande produtor e exportador mundial. Porém, existem algumas lacunas de produção e ou de atendimento da grande demanda local, afinal é um país de mais de 200 milhões de pessoas e, por isso, muitas vezes é necessário recorrer ao mercado externo para a compra de bens.
Em 2023, a balança comercial do país registrou superávit recorde de US$ 98.838,2 bilhões, significando que ocorreram mais exportações que importações. Já em 2024, está prevista uma queda no valor do superávit da balança comercial. Até meados de dezembro de 2024, o superávit da balança comercial soma US$ 71,42 bilhões, queda de 25,4% sobre igual período de 2023, levando em conta a média diária.
Segundo relatório do Indicador de Comércio Exterior (Icomex), a balança comercial brasileira deve fechar o ano de 2024 com um superávit de US$ 79,8 bilhões, com redução em relação a 2023. Esta queda pode ser explicada principalmente pela redução dos preços de commodities, que são os principais bens de exportação do Brasil.
A importação é o processo de adquirir bens ou serviços de outros países para uso, revenda ou produção interna. Essa prática é fundamental para empresas que buscam acessar produtos, matérias-primas ou tecnologias indisponíveis no mercado local. No Brasil, a importação envolve etapas como negociação com fornecedores, despacho aduaneiro e o pagamento de tributos, sendo regulada por leis e procedimentos específicos para garantir sua legalidade e eficiência.
Esse setor abrange a produção de bens por meio da transformação de matérias-primas em produtos acabados ou semiacabados. Ele inclui segmentos como automotivo, químico, eletrônico e farmacêutico, que dependem significativamente da importação de insumos, máquinas e componentes para manter a competitividade e atender à demanda interna.
Voltada para a extração de recursos naturais, como minérios, petróleo e gás natural, essa indústria importa equipamentos de grande porte, tecnologias avançadas e produtos especializados para otimizar a exploração e o processamento desses recursos essenciais para a economia brasileira.
Representando um dos pilares da economia do Brasil, a agropecuária importa insumos como fertilizantes, defensivos agrícolas, máquinas e equipamentos para a modernização do campo. Esses itens são fundamentais para o aumento da produtividade e eficiência na produção de alimentos, carnes e outros produtos agroindustriais.
Veja quais foram os principais produtos importados de janeiro a novembro de 2024, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Os derivados de petróleo e minerais representam a commodity mais importada no ano de 2024, com participação que corresponde a 5,9% de todas as importações, no valor de US$ 14,2 bilhões. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma redução de 8,63% nas importações deste tipo de produto.
Estes que são bens fundamentais para o setor de agronegócios do Brasil, pois enriquecem o solo e auxiliam no crescimento das lavouras, representam 5,2% das importações de 2024, correspondente a US$ 12,6 bilhões. Também ocorreu uma redução de 5,88% comparando com o ano passado.
Esse setor que envolve a fabricação de bens, transformando matérias-primas em produtos finais ou intermediários, teve participação de 4,4% das importações e US$ 10,8 bilhões em valor. Esta categoria apresentou crescimento de 10,3% em relação a 2023.
As válvulas e tubos são importantíssimas para o funcionamento de diversos setores relevantes no Brasil, em especial o de Petróleo e Gás. As importações desse bem representam 3,4%, que corresponde a US$ 8,4 bilhões em valor.
Os veículos automóveis ocupam a quinta posição, representando 3,2% das importações de 2024 e US$ 7,7 bilhões em valor. Essa categoria foi uma das que mais cresceu em relação ao ano anterior, com uma variação de 51,8%.
Os motores e máquinas não elétricos, juntamente com suas partes, ocupam a sexta posição nas importações de 2024, representando 3,2% do total, o equivalente a US$ 7,7 bilhões em valor. Essa categoria segue uma tendência crescente (+29,9%), refletindo a alta demanda por esses equipamentos no mercado brasileiro.
Partes e acessórios dos veículos automotivos representam 3,1% do total de importações, com um valor de US$ 7,6 bilhões. A exemplo dos veículos, suas partes também apresentaram crescimento de 11,4%, atendendo à crescente demanda por componentes e peças para o setor automobilístico no Brasil.
Esse setor continua a ser fundamental para o abastecimento do mercado brasileiro, atendendo tanto às necessidades da saúde pública quanto do setor privado. Representa 3% do total, com um valor de US$ 7,3 bilhões.
Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas representam 2,6% das importações de 2024, com um valor total de US$ 6,4 bilhões. Este segmento abrange uma variedade de produtos utilizados principalmente na indústria farmacêutica, química e biotecnológica, desempenhando papel crucial em diversos processos de produção e pesquisa científica.
Os outros medicamentos, incluindo veterinários, representam 2,3% das importações de 2024, com um valor total de US$ 5,7 bilhões. Esse grupo abrange uma ampla gama de produtos farmacêuticos, que inclui medicamentos especializados para tratamentos diversos, sendo essencial para a saúde pública e o bem-estar animal.
Confira os principais parceiros comerciais do Brasil em 2024 (até o mês de novembro), segundo dados do governo.
No período de janeiro a novembro de 2024, as importações vindas da China, Hong Kong e Macau cresceram 20,6% e totalizaram US$ 59,40 bilhões. A balança comercial apresentou superávit de US$ 31,46 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 2,9% somando US$ 150,25 bilhões.
Já as importações da União Européia cresceram 3,8% e totalizaram US$ 43,51 bilhões. A balança comercial com este bloco comercial apresentou superávit de US$ 1,54 bilhões e a corrente de comércio aumentou 5,1% somando US$ 88,57 bilhões.
Também no período de janeiro a novembro de 2024, as importações dos EUA cresceram 6,9% e totalizaram US$ 37,36 bilhões. Neste período, a balança comercial para este país apresentou déficit de US$ -0,79 bilhões e a corrente de comércio aumentou 8,1% chegando a US$ 73,93 bilhões.
Vale ressaltar que os três parceiros comerciais também ocupam as primeiras posições no âmbito das exportações de produtos brasileiros.
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